segunda-feira, 25 de outubro de 2010
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Um dia espero de coração morrer de verdade
Pq já morri mil vezes
Cobram-me ainda estar vivo , pois o merecimento da morte não condiz
Com quem se diz tão feliz
Já chorei tanto que de tão só afogaria-me em minhas lagrimas
Mas mesmo assim devo sorrir
Pois a vida é tão cheia de beleza
Que não procede o choro
Nem precede a tristeza
Deixem-me em paz
Deixem-me remoer o que ficou pra trás
Tragam-me algo pra dormir
Para que o velho dia morra
E assim eu possa descansar
E mais uma morte passe por mim
Para quem se conforma diga
“Foi melhor assim” ...
Fabricio Marchi
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
CONFIANÇA
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É de minha tristeza que se levantam os demônios
E de meu silencio , ecoam vozes de dor a tanto reprimidas
Sorrio pois ainda me resta alguma graça
Mas amargo gosto desce na garganta antes que satisfação tenha ou faça
Não penses que me abstenho de toda visão
Mesmo que torpe e embaçada
Ainda consigo enxergar pela janela suja do medo
Onde ainda me encontro
Como pisar em cacos de vidros
Amparado pela anestesia
A angustia de esperar pela dor
Atormenta mais que a própria
Estou , em meu disfarce a acompanhar os passos
E de minha aparente ignorância , finjo vislumbrar o sol
Impercebível é compreender que para a luz não presto mínima atenção
Atento estou , em meu disfarce a acompanhar os passos ...
Não me engano , não ignoro e por conseqüência , não satisfaço-me
Há e sempre haverá a guerra em meu peito
Não penses que a bandeira branca que ergui , simboliza alguma paz
Levantei-a amarrada em minha lança
E ao menor descuido usarei do alvo pano
Como forca para os erros
Olho-vos nos olhos
Mas nunca vislumbrei sua cor
Enxergo tua alma
E mesmo que de melodia tosca quisesses uma sonata compor
Não tivesses nem inspiração e nem mesmo calma
Não apontes a adaga em meu coração
Sem ao menos encarar minha fronte
Enquanto caminhas encontrando falsas certezas
Prefiro atravessar a ponte ...
Fabricio Marchi
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Lapso pra escrever
Seus gostos e objetivos
Mas não entendo como um homem pode viver sem amar
Ou mesmo sentir que não é amado
E se apegar a sua carreira , a seus bens ... como desculpas pela falha de não sentir Amor
Que graça há em ter o que os olhos vêem ?
Que graça há em sentir apenas o que o corpo deseja ?
Viver arraigado e condicionado ao que convencionaram de amor ?
E ver no fim da vida que há um vazio que não se completou
Que com desconfiança vc viu o AMOR , mas achou uma banalidade...
Que a possibilidade de entrega , sem interesse , sem bens , apenas por se deixar ir estava ali , e optaram por deixar passar !
Quero ser mendigo
Não ter absolutamente nada
Chegar no mesmo final de vida sem posse alguma
Mas que de uma forma ou outra , sinta que fiz parte de algo alem do que a terra me proporcionou !
Morrer feliz pq amei
Fiz alguem feliz
Então deixo que morram em seus conceitos que lhes travam
Em desejos egoístas de que , o que vale é apenas o que se sente e não o que faz tão bem a alguém que lhe quer bem !
Eu digo ... AMO
Louco , inconseqüente e sem pudor
Deixo a vcs o que lhes satisfaz superficialmente
Vou a procura de um sorriso espontâneo
Da pele arrepiar pelo toque da alma
Vou em busca do destino de quem aqui vive
Nascer e não se importar com o mundo
Morrer e dele nada levar
Apenas a Paz de ser feliz
Vc consegue comprar isso ??
sábado, 19 de junho de 2010
Pequena cronica sobre a velhice e o tempo que se foi ...
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Adquiri a estranha mania de olhar nos olhos dos velhinhos
Ou nem tão velhos assim
Sentados em suas varandas a olhar o dia que se vai
Ou fazendo suas compras no supermercado
E entre uma gôndola e outra percebo quão distantes observam
Contemplando algum desencontro entre o falso descanso da cadeira de balanço
E seu sorriso contido , como se quisesse dizer algo
Das suas gavetas cheias de remédios
Muitos deles são como pílulas da sobrevivência
Não pq são necessários de verdade
Mas pq sem eles a vida se torna insuportável
Uns tranqüilizam o monstro que a anos atormenta
Outros acordam a esperança de que ainda há chance
Mas ao fim do efeito ... caem os pedaços !
Vejo nos olhos de muitos a serenidade
Da felicidade vivida plenamente e que agora merecem descanso acalentando e ensinando a quem não sabe andar na vida
Mas a grande maioria me parece um tanto frustrada pelo caminho que fizeram
Uns acordam e corajosamente sorriem com vontade
Noutros é apenas um outro dia para sofrer
E das varandas , cabisbaixos e sem muito entusiasmo
Pedem em silencio ... socorro
Dirão que a vida foi assim !
E como marionetes de uma peça de teatro assistido apenas por elas
Percebem que ninguém lhes agraciaram com palmas
E voltam a contar seus feitos inúteis a quem lhes dedica alguma atenção
E assim fixo meus olhos neles
Algo como “Enxergar o meu futuro”
E pelas ruas observo os olhos deles
Acredito que se perguntados da hipotese de voltarem ao passado e mudar algo
Fariam dividas e pagariam sorridentes essa possibilidade
E até dormem sonhando com isso
Pq qdo sonhamos , todos nós nos tornamos o que queremos
E a grande frustração acontece todos os dias ao acordarem ...
Tudo deixamos para depois
“Amanhã dará tempo”
“Devagar se chega ao longe”
“Qdo me aposentar , farei”
E a vida se vai ... até se encontrarem quietos a balançar o que lhes restaram
Numa dessas varandas por aí ...
Uns alegam sapiência
Outros Paciência
Nunca assumirão covardia
Pois tudo se resolve um dia
Então paro pra pensar que não quero ficar como eles
Sentir alegria por tanta acumulo de tristeza
Nem me achar forte por ter agüentado dores que não eram minhas
Muito menos falar horas e horas sobre as doenças que adquiriu
Dos tratamentos que fez
Dos filhos que lhe deixaram
Da solidão
Repensando nisso ... Gostaria de envelhecer só
Mas sabendo de cada passo que dei , e que foram dados conscientemente por mim
E que mesmo que surpresas vieram
Foram pq deixei que viessem
Não quero previsões e planejamento
Só não quero amargar um olhar tão triste como os que vejo
De vidas que poderiam ter sido tão mais aproveitadas
Que a vida pudesse ter sido regida
Passaram a ser meros expectadores de tantas manhãs e anoiteceres
E agora , embalados por um resto de vida
Esperam descanso a suas almas ...
Fabricio Marchi
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Do crescer que não quero ...
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Da criança sem limites e inconseqüente
Da alegria imbecil e incoerente
As pessoas e a vida mostraram-me
Que o que antes se tornava graça sem motivo
Hoje preciso de esforço para rir
Sempre quis ser “gente grande”
Daqueles de cinema , impassíveis , sérios
Engraçado que me esforcei tantas vezes em matar o menino
Hoje sinto falta de não me achar feio
De ser indiferente as tristezas e ao destino
Como criança que cai , se machuca , mas levanta em seguida
Antes bastava sorrir pra sentir que nada tinha mais importância
Que o mundo que eu criava
Hoje , vivido , forte
Não consigo sustentar meu peso
Achei quando jovem , que jovem permaneceria eternamente
Daqueles que mudam a vida de alguém
Que mostra que ela é divertida
E eu equivocado , acabei descobrindo
Que cada um faz sua vida em sua solidão , em suas certezas , sozinhos
E que posso ser inconveniente
Muitas vezes infantil , irresponsável
Mostrar a facilidade de outros caminhos
E então tenho desistido do menino sonhador
Da ideologia sem causa
Leve menino que das dores alivia
Para olhar-me diante do espelho e ver que nada fui
Nada construí ... e que hoje me cobram por ser senhor
Mas o que desejar de uma vida que pode acabar daqui a pouco ?
Que riqueza levaremos senão a sensação de uma alma leve de criança ?
Quem sofre menos
O menino que se dizia frágil
Ou o homem que passou a sorrir vagamente ?
A vida com seus exemplos respondeu-me cruelmente :
“Perca a fantasia , homem
As crianças se perderam ...
Preferiram enfrentar o mundo , crentes que o venceriam
Que seus troféus são as cicatrizes que ostentam
Arranhados entre os gravetos
Sangrando marcas
Essas tornam-se homens
Pois sabem agora o que desviar
Antes escolhessem seguir seus corações de crianças
Teriam aproveitado tão melhor , o jardim florido que ergui sobre suas cabeças !”
Desde então o menino apenas observa
Ao mesmo tempo que o homem chora sua saudade
De alguma virtude que ainda preserva
Tentando adequar sua própria idade ...
Fabricio Marchi
quinta-feira, 10 de junho de 2010
As vezes
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A vezes é necessário agir
Quando a escolha é morrer entre o abismo ou a espada
As vezes é necessário pular
As vezes cravar o florete no peito sentindo o sangue pulsar
As vezes é preciso perdoar
Muitas vezes é preciso silencio
Em que o vento lhe conta os segredos
As vezes é necessário barulho pra espantar os medos
Nem sim nem não
Só um colo quando tudo é solidão
As vezes é preciso ser ribeirão
Pra que os peixes apareçam entre as pedrinhas
Noutras vezes é preciso ser mar em fúria
Pra expurgar tantas coisas mesquinhas
Quem sabe as vezes é preciso negar confiante
Que dizer um sim que cambaleia
As vezes se pode ser uma montanha de firmeza
Ou perdido ao vento como grão de areia
As vezes anjo
As vezes monstro faminto
Saber e compreender o que todos sentem
Desentender-me ao tentar saber o que sinto
As vezes dia de sol e céu azul
Sorrisos e acenos sinceros a multidão
As vezes noite escura e silenciosa
De tristezas que ninguém presta atenção
De sombras e palavras que ninguém lê
Das lagrimas silenciosas caindo no chão
As vezes é necessário enxergar o que ninguém vê
As vezes é melhor fechar os olhos a mediocridade que decepciona
Partir do pressuposto que o homem não sabe amar
Mas mesmo assim alguem nos emociona
As vezes é preciso tanta força para o odio
Basta apenas um sorriso que ameniza
As vezes se deixa quebrar o vaso
Noutras antes se avisa
Quisera não mais existir “AS VEZES” para as coisas ruins
Mas existisse SEMPRE para o amor
Sem essa de “As vezes , a vida é assim”
Que sempre existisse carinho ao coração sofredor
As vezes se é tão rico de coisas fúteis
E tão pobre do que é realmente importante
Do pesado fardo , carregado de coisas inuteis
As vezes creio que pra algumas pessoas não é o bastante
As vezes é bom lembrar de coisas ruins como aprendizado
As vezes melhor esquecer as boas coisas com horário marcado
As vezes com os erros se pode prever a catástrofe da seqüência
Até pq de todo ato bom ou ruim há uma conseqüência
As vezes devemos ficar estáticos e esperar a ventania passar
Quando tudo parece bom demais as vezes é melhor não aparecer
Tudo e todos nos ensinam como é fácil encarar a morte
Mas as vezes só queríamos um manual pra aprender a viver ...
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Conformação
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Todo tempo é senhor dos caminhos
As vezes , Suaves bolhas de sabão sobre os pés
Noutras são ferimentos de espinhos
Caminhar depende de vontade
Podemos sim parar para descansar e ver quão distante fomos
Nos iludir com os sonhos e tentar esquecer as coisas ruins
Só não podemos esquecer do que somos
Da verdade , um pedaço todos temos
Na Verdade quiseramos nós , que fosse um trajeto apenas
As bolhas de sabão sempre estouram
E os espinhos não deixam marcas amenas
Sabemos que as nossas dores nunca ficarão atras da porta
E Nesse passo a passo a vida passa
As vezes vencer ou não pouco importa
Só nos resta sorrir das nossas proprias desgraças
Fabricio Marchi
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Contra o mar
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Sou Andante triste
Passos solitários na areia
Em que o mar destrói pegadas
Quisera eu que levasse minhas mágoas
Que o coração me desse trégua
Que eu pudesse seguir em paz as marcas que antes deixaste
Mas pra que lado anda uma alma perdida ?
Tanto faz
Não escuto o mar
Apenas tua voz
Agora me resta por companhia o oceano
Ele gigante , eu diminuto ... a sós
Não adianta jogar-me as águas
Vã esperança de alivio
Molham-me o corpo , mas a alma pesada permanece
Não se redime , não se perdoa , não lhe esquece
Fria a água
Fria a alma
Que não aquece
Nada que queira me seguir , me acompanha
E se assim insistir não vejo
Antes mergulhar no mar que mergulhar em si
Dele se sabe a profundidade
De nosso coração só se mede ... saudade
E saudade é sem fim
Ninguem que a sente sabe nadar
Morre cansado
Afogado
Então , apenas ando a beira da praia
Admiro a noite que chega
A lua que brilha
O sol que desmaia
Seus passos na areia se foram
E tudo que era seu , que existia ou existe
Ainda sós , eu e o mar
Tristonho , tristeza ... triste ...
Fabricio Marchi
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Alem da passagem da morte! Quando ainda existiam almas !
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Qdo a morte passar
Não a verás jamais então
Te escondi , acobertei , protegi
Peguei-te pela mão
Se ela te sorriu
A encobri com meu sorriso
Se ela te quis , foi infeliz
Fui mais preciso
Insistente , inconseqüente
Desafiei-a a morte
A própria morte não resiste a flor
A beleza do bem de quem quer bem
Sempre farei a morte passar
Com sua falta de fé , seu imediatismo , desespero ... dor
Se estás comigo a morte não vence
Pois a morte não vence ao amor
Vc não viu a sua face doentia
Apenas uma presença ruim
Empurrei , afastei , fiz o que eu queria
Quis que ela levasse a mim
A morte passou
A morte da alma
Não deixei que te abraçasse
Se me pertences , é minha
Longe de ti sim , não sozinha
Amenizei antes que acabasse
Penso estar machucado
Implacável morte que a tudo quer levar consigo
Salvo aqueles que resistem
Aqueles que insistem
Amam e protegem
Para esses nada está acabado
Qdo acordares , não terá sentido nada
Apenas acarinhada
E me verá ao teu lado
As feridas doem , desses golpes em que se é alvo
Passa a morte , passa a dor , abro-te meu sorriso
Estás a salvo ...
Qdo a morte passar
Não verás a ventania
Talvez nem verá que te consolo
Nem tampouco verás a tempestade
Apenas dormirá segura
Como sempre quis ... em meu colo ...
Fabricio Marchi
Tão longe , tão perto ... dentro
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Quando acaberes de me ver , me toque
Quando me tocares , me perca
Ao me perderes , deixe-me olhar-te
Distante olhar distante
Distancia essa de nossas bocas
E me encontrarei perdido
Nesse reflexo dos teus olhos
E me encontrarei ... em sua boca...
E ao falares meu nome , não atenderei
De seu coração apenas ouço a voz
Ao encostar em teu peito
Dois corpos e o leito
Das palavras que não se pronuncia
De todo amor que se anuncia
Da saliva que se delicia
Algo que não há jeito
Imperfeito amar que não realiza
Tudo aquilo que justo for
A palavra precisa
Quem não conhece amor
E ao tocar-me saberá
O quão distante estamos
Onde teus gemidos ecoam em minha boca
Teu suor em mim transpira
Onde não preciso mais saber quem sou
Onde dentro de ti estou ...
Fabricio Marchi
quarta-feira, 5 de maio de 2010
SEM HIPOCRISIA - o que se passa na mente de quem se diz do Bem ...(parte 3)
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Coragem criarei para os inimigos que eu próprio criei , vencer
E por mais que eu saiba não ser coragem ou virtude
Galgarei em seu dorso e iludirei-me
Pois ninguém sabe de meus fracassos
E eu sorrirei falsamente as honras que recebo
Medalhas e condecorações de batalhas redundantes
Que eu mesmo inventei
Fui coroado sem gloria
Mas sou elevado nos braços de quem não sabe das minhas derrotas
E dormirei numa paz que não existe
Mas precisei molda-la para não morrer
Crêem inocentemente no meu heroísmo
E assim quero e ordeno que seja
Do poço das hipocrisias bebi fartamente
Mal sabem que desisti da batalha
Que ao menos nem tentei lutar
E trouxe em mim um corpo que não é meu
Do meio do sangue das batalhas
Esperei silencioso que todos morressem
Para que pudesse voltar sobrevivente
E receber em equivoco
As palmas , os sorrisos e a festa
Aos que sabem disso matarei
Para que não me assinalem ou apontem meu peito
Rasgarei-lhe a voz e os sentimentos para que não me julguem
Assim posso então cavalgar soberano
Em minha terra de fantasia
Onde só eu sei o meu valor
Onde junto aos cadáveres enterrei minha real aparência
Para que apenas minha mascara e armadura brilhem
Ofuscando os olhos de quem quer me vencer pelos meus medos
Sou agora impassível e dos meus segredos
Só eu posso combater
Escreverei poemas e escolherei palavras fortes
Para anunciar meus feitos
E por mais que eu saiba que são imperfeitos
Farei o desconhecido cair em prantos
A olhar-me como exemplo
Assim sou ...
Feliz diante da minha tristeza
Curve-se pois não lhe dei o direito de duvidar-me
E mesmo que saiba do que trilhei
Negarei
Sorriam , pois sou o rei
Inatingível por suas adagas
Minha cavalaria é meu escudo e minha espada
Não me restou do reino nem castelo , nem amor ... NADA
Mas loucamente defendo o que creio
Não temo a morte ou as feridas
Mas minha face diante o espelho !
Que rei eu sou , se me falta coragem ?
Se desisti da viagem
Mas disso já não preciso mais
Reinarei meus escombros , como se no paraíso erguera meu reinado
Meu trono é brilhante e imponente
Mas minha alma rasteja pelos calabouços escuros...
Fabricio Marchi
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Prenuncio...
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Sou aço , sou morte
Lamina , punhal
Sou amor incondicional
Barco a esmo sem sorte
Não há abraço que me contenha
Nem vermelho sangue que não banhe
Minhas vestes de paixão em rodopio
Não há abraço que me contenha ou ganhe
Sou alegria de quem me beija
Corte profundo a quem golpe desfere em mim
Revido em fúria a massa de raios iluminados
E todo ódio , sou fim
Não me queiras pois não sou tua
Encarrego-me de levitar minha alma nua
Sou quente , áspera e inoportuna
Não me segure se a intenção não possua
Corro sobre o mar
Onde meus cabelos se embrenham nas ondas de destruição
Das nuvens negras tirei a cor de meus olhos
Da cor vermelha é meu coração !
Não tenho nada a não ser minha força
E sua força sobre mim é vã
Desfaço-me de teus nós em meu penar
Não canto por cantar
Tempestade , fogo solar
Sem tempo , sem hoje , nem amanhã
Seu impossível amor
Yansã!
Cronica sobre a solidão ...
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Somos todos solitarios
Entretanto arriscamos nos encontrar
Não em nós mesmos
Mas no espelho da retina de alguém
Construímos castelos resistentes a tudo
Menos para a ausência de nele residir só
E o mundo que nos cerca pede que encontremos alguém
Não sei se por imposição , costume , hormônios ou amor
Mas na maioria das vezes são encontros frustrados
Não duram mais que a segunda ou terceira reconciliação
Os corações quebrados em reconsideração
Recolados varias vezes , até que não haja mais a forma inicial
A verdade é que sempre estamos solitários
No vão das horas , falta um colo sem espinhos pra deitar
Alguém que vc tome cuidado
E que cuidado tome contigo
Não estou falando de ombro amigo
Desse vc pode trocar por algo valioso
Mas o calor do corpo nu sob o seu lhe dizendo que é seu ... é fato raro
Ora afastam-se , ora vc se afasta
E a solidão lhe pega a mão
Descontentes diante da monotonia de se doar em cobrança
Logo o amor que não se cobra
Lançam mão da companhia aconchegante
Mas bem é verdade que aconchego não é amor
Nem presença , nem palavras , nem gestos , nem gozo
Muito menos só alegria , afago
Ou mera companhia
A solidão acompanha os indecisos
Os que amam pela metade
Mas há amor pela metade??
Não deveríamos chamar de amizade?
Pq beijar uma boca em compaixão ?
Se amor é desejado com paixão ?
Delírio , derretimento
O olhar-se e ver sua alma no sorriso alheio
Não ter medo de sentir-se inserido em meio
A um coração que lhe chama em canção
Não poderia assim , existir solidão ...
Entre prosa e verso invento rimas
Afim de tentar explicar
Pq não conseguimos conexão
Entre as pessoas que se dizem amantes infinitas
Desculpem-me os que se declaram em palavras
Mas a solidão é amiga de palavras bonitas
Passeando...
Vejo as pessoas e seus olhares perdidos
Da vida perdida em busca de algo que as complete
Que de sentido aos seus passos
Status , reconhecimento , dinheiro
Carros , emprego , futuro
Duram tão pouco
E qdo vemos ... o futuro já foi
E basta olhar o anos estampados em seus rostos
E me pergunto em silencio
“Vc amou ?”
“Vc se deu a essa pessoa ?”
“Pq não deu certo?”
“Era real?”
E a seriedade com que passam ligeiros
Me faz ver suas casas
Seus cômodos , seus quartos , suas promessas de “amor eterno”
E dos raros casos de felicidade , restam tiros de festim
De relações com prazo de validade sempre no fim
Ou juras de amor meio ... “assim assim”
Aí vc apura tua visão
E sabe que há algo construído por trás das mãos dadas
Que na verdade adorariam estar livres , desatadas
Almas na eterna procura da alma
Descontentes mas ... conformadas com o que o mundo lhe deu
Então escondem-se em seus balcões
Seus escritórios
Seus hobbies
Seus estudos
É onde se encontram de verdade ... mas ... Onde está a pessoa que amam ??
Não existe
“É uma boa companhia”
“Um bom partido”
“Um bom ouvinte”
“Alguém que nunca diz não”
Amor ?? Juram que sim
Mas ao olhar melhor , são solidão !
Qdo é que vamos realmente amar ?
Será que encontraremos mesmo uma ALMA
Aquela que vc sente o coração faltar qdo ela lhe falta ?
Não falo de dependência pura e simples
Apesar que depois de alimentados de amor
É como droga que nunca recusamos
Nos tornamos dependentes desta
Pq somos solitários então ?
Andamos na multidão
E não há preenchimento ?
Hoje entendo os ébrios e seus vícios
Já não os julgo como fracos
Mas desistentes da busca
Remédios , terapias , teorias
A tristeza , a desilusão ... a depressão
São sintomas do mal que a humanidade fez a si mesma
A de não mostrar a alma clara
Prédios erguidos sobre conceitos tão frágeis
Que se desintegram num toque de carinho
Num sorriso gracioso
Num “Sou seu”
E voltam a sustentar o vazio
Qdo cheios desse amor estamos
O mal do homem é amar loucamente
Tendo limites , estando seguro , tendo troca
É um contra senso boboca
Loucura e limites
São antagônicos sentimentos
Sinal de que o medo é maior que a entrega
Então pega firme nas mãos do companheiro ou do que tem valor
E caminha em falso pela eternidade
Cabeça erguida em mentiras
Peito estufado de ar puxado em vão
Queria na verdade se tornar areia e se espalhar pelo chão
Chorar rios de magoas
Mas aceita a imposição
A de seguir pela metade , mas juntos
Na doce companhia da solidão ...
Fabricio Marchi
terça-feira, 20 de abril de 2010
A voz da alma
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É qdo o silencio se faz
E a solidão do quarto
A escuridão
Qdo vc escuta apenas teu coração
Senta ao lado da cama e olha o travesseiro
A imaginação voa querendo a presença
Daquele em que depositou tua paz
E ao olhar ao redor , entre uma lagrima e outra
E vê os fantasmas passearem , entrando e saindo
E a porta nunca abrirá , tendo do outro lado o amor que queria
É qdo a alma grita com toda força
E não há entorpecentes para aliviar,
E ninguém para lhe ouvir
Só vc se ouve
Ouve
Ouve
Metralhadas lembranças
Seqüências inteiras de dor , sem final
A garganta embarga e vc sente a dose descer pelas entranhas
Veneno mortal que seu próprio pulsar produz
Vira a cabeça e o vazio se faz presente
Olha outro lugar e lá ele está
O choro já não consola
Mesmo inerte , corre para algum lugar
As cortinas balançam
Os moveis mudos
Apenas a musica da sua paz é a que vc procura pela casa
Mas ela não toca
Vc não a deixou tocar
Não importa se dia ou noite
As horas arrastam-se
Carrascos minutos da culpa , do vazio ...
Busca pessoas
Busca distração
Busca ódio
Busca a si mesmo
E é desesperadora a tortura
Pois vc não está ali
Mistura-se todos os sentimentos
Foge o foco
Vc quer fugir de si mesmo
A alma está liquidificando pedras
E os pedaços explodem em seu peito
Perfurando , moendo , estrangulando
E o coração em sangue puro
Não dá sinais de parar
Acelera na ânsia imbecil de chegar
Mas não há mais onde ir ...
Então olhas o telefone ... não há mais coragem
Não há mais pq ligar
As vozes mudaram
E olha a vida ir totalmente contraria ao que acreditava
E nada mais pode fazer ... então vê alivio aceitando
É onde a alma novamente Grita , marcando em freqüências altas
Palavras certeiras
Que a covardia diluiu o que acreditava que vc fosse
É Sozinho que se ouve nossa verdadeira voz
Sem forçar
Sem mentiras , nem farsas
Não há como mentir
A não ser que foi tudo mentira
Mas se essa voz lhe chamou ...
É pq reside em ti as perguntas
E delas recorres a respostas irreais
Vc as responde ... mas sabe que não houve resposta
Pelo menos uma só , que lhe devolvesse a vida ou que lhe fizesse dormir ...
Fabricio Marchi
SEM HIPOCRISIA - o que se passa na mente de quem se diz do Bem ...(parte 2)
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Sou idealizador do meu destino
Indeciso destino
Não me denomino coragem
Não anseio combater
Pois do amor muito ainda me sobrou
E é dele que me envolvo a crer
Que o próprio destino nunca nos concede o bem
Nem qdo de joelhos fiques
A implorar felicidade
Esquecemo-nos e inventamos nossas desculpas
Farrapos e sobras da grandiosidade que imaginamos ser
E caímos prostrados como carne inútil
Onde nem a alma resiste ficar
Basta lembrarmos que se foi brilho
Agora ... resto
E inventam uma paz que não é a que queria
Pelo simples fato de que a lembrança lhe mata
Tal qual eterno punhal no coração
Então das visões fiz minha nova essência
Daquilo que ninguém soube como verdade
Olho inerte a passagem de tantas vidas
De suas batalhas pelo sorriso e alegria
Estão mortos ou agonizando sob meus olhos
E nada mais posso fazer
Tentam erguer sua espada
Mas mal podem sustentar seus braços
Então só me restou perguntar:
“Nessa paz guerreada
Ou nessa Guerra pela paz
De que lado estás”
E mesmo entre o falso sorriso
A falsa determinação
Da mentira ao que se propôs
Só ouvi silêncios
Mal sei eu que tb estou morto
Apenas em pé ainda consigo estar
Quem sabe desmanchar-me no esgoto e deixar-me ir
Como as almas mortas que vejo
Seja melhor solução
Entregar-me ao destino
Creio que não
Da dor pela dor , escolhi minha imagem no espelho
A do homem que morreu , mas não teme olhar-se
Pois para a alma não há esconderijo
Nem entre as mascaras que criamos
Se sorrio é pq sorriso existe
E não mentira consoladora !
E assim passam os soldados
Guerreiros das pernas tremulas de medo
E o rosto sem brilho
Sabem que não há medalhas
Nem condecorações
Apenas atalhos para a morte
Morte de quem morre vivo por matar
Morte digna de quem morre a lutar
E mesmo sob o sol
Encharcados de esperança
Marcham em um dia de verão
Esperam que um dia te verão ...
Fabricio Marchi
SEM HIPOCRISIA - o que se passa na mente de quem se diz do Bem ...(parte 1)
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Ignoro a intolerancia
Não tolero a ignorância
O medo , a subserviência
A silenciosa violência
Meu odio não me permite paz
E me torno tão ignorante a ponto de próprio não suportar-me
Miseráveis conceitos de certo e errado
Se esquecidos , reportam-me rapidamente como humilhado
Orgulho de quem se combate
E erra em combater quem erra
Sou um poço de erros que não tolera
E me enfurece a anarquia que cometem a si próprios
E me pego a pensar pq se tornam tão impróprios
Já que nas palavras são tão senhores de seus destinos
Caem prostrados diante dos desatinos
Buscam braços , sangue e força para subir
Agarrados no limo de suas temeridades
Perdem o equilibrio e caem novamente quando vêem a tempestade
Não tolero medo pequeno
Medo do sereno
O gostar ameno
Admiro a dor de querer
Ignoro quem se ajoelha pra morrer
Não me corre nas veias , sangue de compaixão
Salta-me aos olhos o morrer de paixão
Mostrar as garras a um sombrio futuro
Sangrar-se perante o obscuro
Sagrar-se luz perante o escuro
O homem não perde tudo na sua guerra
Mas quando nas batalhas dobra os joelhos
Pede clemência e ajuda
Fica com a voz muda
Como se a justiça fosse feita
Cortam-lhe as mãos
E diante do medo ... aceita
Um homem não tolera quando lhe ditam
Não emudece qdo lhe gritam
Não silencia diante do gigante
Faz pra si , seu próprio signo
Morre sem nenhum resquício de paz
Nenhum indicio incapaz
Mas morre digno !
Não tolero a indignidade
A pena pelo fraco
A liberdade apenas na fala
Amar aos poucos , em pequenos frascos
Odeio a aceitação da imperfeição moral
A mesquinhez de se olhar menor
Deixa-me indignado a frustração
Decepciona-me quem prefere arrastar-se pelo pior
Se assim pudesse pisar , pisaria
Esmagar , ver retorcer-se
A um pobre soldado amedrontado , não há gloria
E vence-lo , nem vejo honrosa vitória ...
Minha paz é minha alma em desespero
Meu sangue percorrendo o coração
Sou hipócrita em minhas palavras de consolo e amor
Não me sensibilizo com sua dor
E minto ao lhe dar perdão ...
Fabricio Marchi
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Da tempestade e da paz (parte 3)
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Despoja-te de toda amargura
Se teu caminho foi ornado com flores perfumadas
Caminhe entre elas se fostes capaz de retirar os espinhos
Não acumules pó , onde a ventania teima em deixar limpo
Dê ao vento o que ele pede
Abra os braços e as mãos e deixe voar
Não segure o sorriso verdadeiro
Nem o choro interminável
Faça rios
E deixe seus sonhos irem como barquinhos de papel
Coloque abaixo os muros que construiu como proteção
Pois o inimigo não veio
Só existiu em Você mesmo
E deles , faça um parque
E brinque nas pedras
Ou edifique uma torre
E olhe o pôr do sol lá de cima ...
Fabricio Marchi
Da tempestade e da paz (parte 2)
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A paz é onde meu coração descansa
E em seus braços encontrou abrigo
Onde meu sorriso pode enfim destoar
Das lagrimas da vida
E mesmo que sempre de partida
Soa a brisa calma em meus ouvidos
Soa precisa a alma em palavras de amor
Encontrei em algum lugar da existência
A calmaria do mar
Da sua imensidão
Em paz com a minha alma
E em paz sigo
Sabedor dos passos dados
E como todo humano tropeça no desequilíbrio
Posso erguer-me inteiro , ciente
Da doce estrada que piso
Alimento-me do açucar dos meus sonhos
E da realidade amarga , há quem também goste
Porem prefiro se assim
Morrer a mingua
Pois me alimento de toda beleza
De todas as plantações que fiz
Nem que de uma maçã apenas haja colheita
È dela que farei minha ceia
E do faminto que anseia
Minha vil alegria ...
Farei sempre um prato a mais
Para que possa saber
Que do pote amargo das angustias
Há quem ainda saboreie , o suave sabor da vida !
Fabricio Marchi
Da tempestade e da paz (parte 1)
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A paz quem agora guia-me
Deitei-me em seu ventre e a brisa das suas palavras
Amansaram a tempestade da alma
O amor sempre fez morada em meu peito
Só não o tinha por inteiro visto
As vezes no meio do caos sem maneiras e jeito
É que encontramos o que verdadeiramente nos tenha quisto
Aprendi que , muitas coisas não se consegue segurar demasiado tempo nas mãos
E por entre os dedos escorrem
Mas não por nada se transformam em canteiros
Onde novas flores irão brotar
Cabe a cada um de nós segurar o tempo possivel
Sem matar a semente
Pois só ela é testemunha que só o amor é dono das coisas mais simples
E sufocada se transforma em angustia
E dela não nascerá nada
A não ser a força do reflexo escuro e sombrio do que não se quis ser
Consigo sorrir em paz tudo aquilo que fiz
E consigo colher as rosas sem espinho
Mesmo não tido tudo que quis
Fiz dos desvios ... belo caminho ...
Olho a ventania que se foi
Minhas flores não foram com ela
Sopra uma paz interminável no jardim
E o perfume delas
Permanece em mim ...
Fabricio Marchi
domingo, 11 de abril de 2010
Da verdade que não queremos ver...
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Tal qual inferno aceso
Fantasmas e demonios lhe assombram
Dilue o medo em hipocrisia
Busca alento em esperanças
Das vontades sublimes que esconde
Voláteis tentativas de voar em vão
Pés presos ao chão
De tudo que perdera , lhe falta o espírito esvair
Mesmo assim insistente , não olha o monstro criado
Mas cegueira se fez presente , tornou-o belo
E lhe assassinou aos poucos
Mesmo assim crê levantar-se de sua sepultura
Viva carne de alma morta
E por toda sorte clama
Vê força onde inexiste paz
E ao olhar pra trás
Vê seus músculos e sua raiva , perderem-se sob sua renuncia
E mesmo que saiba de toda verdade
A ave tenta seu vôo , mas não muito longe cai
Pois sabe o peso que colocou nas asas
Porem tarde descobre
Fabricio Marchi
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Despercebido ...
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Quem dera não sentir amor por ti
Não achar o Maximo minha pulsação subir ao ver-te
Meus olhos perderem a noção do espaço
Fixarem desejo apenas em tua chegada
Talvez fosse melhor se não sentisse nada ao teu toque
Nem meu sorriso aparecer ao som da tua voz
Muito menos a pele arrepiar nas tuas mãos
Ainda não entendo essa magia que fez em mim
Que me deixa desinteressado em meu mundo
Flutuo na leveza do teu tom
Agraciou-me com o mal dos amantes
Sintomas freqüentes do vicio na tua existência
Causadores na tua falta , de solidão
A abstinência de não ter sua boca , tua saliva , teu sal
Do doce prazer que exala quando cola em mim teu ventre
Meu remédio , se é que há
O calor do teu corpo no meu
Se há cura , que seja a minha vida a tua
Em noites frias e pele nua
Só assim serei eterno
Como eterno soa teu nome
Misturado todas as vezes ao devaneio de dizer que AMO VC
Quem dera não sentir amor por ti
Morreria como doente terminal
Da dor de um indecifrável mal
Morto por nunca ter sentido amor
Vivido em vão
Sem nunca ter tido coração ...
Fabricio Marchi
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Quando todo final for o que restou de mim ...
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Sou o que sobrou do brilho intenso que teus olhos mostravam
E não me restou nada a não ser a escuridão dos sonhos
E nem dos anjos que imaginávamos voar
Sobraram as asas para agarrarmos
E como no primeiro poema
Em que olhei minhas mãos e as imaginei velhas e enrugadas
Do tempo perdido com um amor que não existia
Elas ainda envelhecem sem nenhuma outra a lhe apertar com carinho
E vendo os anos passando , e seus invernos sem fim
Por vezes creio que as verei gélidas
Balançando solitário na única cadeira de balanço da varanda
Vendo o pôr do sol e a noite chegar
E a morte que se anuncia como nó na garganta
Do mesmo tempo que achamos ser eterno
Não sai mais com um grito de amor
Então aconchego-me entre os trapos de tecido e os da alma
E balanço-me esperando a juventude de um coração que ainda bate
E tem apenas um ritmo quando das suas recordações me lembro
A morte talvez me encha de esperança
A morte física do desprender desse corpo que sofre
Pois vivo o balanço do meu corpo já morto pela falta da luz que vinha de seus olhos
E do sorriso que alegrava os dias
Um homem não é mais que seus sonhos
Um homem não é nada sem amor
Um amor sem sonhos é como homem sem alma
Sem sua alma não existo , não existe sonhos ... nem amor
As estrelas agora me fazem companhia
Neste lugar em que ter um corpo não importa
Então em sonho sobrevôo teu corpo e teu toque
E de desejo em desejo , descanso em teu ventre
A idade não me impede de sonhar , de ser feliz
Apenas o acordar é destruidor
Permita-me então dormir eternamente ... num sonho amante
De almas entrelaçadas
E corações vivos
Não me acorde mais ...
O que percebi nesses anos todos ?
O tempo sugou-nos ... e só restou a mim
Um velho corpo morto de uma alma que não viveu
A balançar-me entre cobertores , em nossa varanda ...
Fabricio Marchi
terça-feira, 6 de abril de 2010
Inicio
Mas de uma forma diferente da que conhecem nas comunidades do Orkut...
Não a do Darth escrachado e ironico e sim a alma que dá a vida ao personagem!
A do Fabricio que escreve poemas , sofre , chora , ri e é um ser humano como vc ...
Não peço comentários sobre os textos , fica ao criterio de quem os lê .
É apenas um espaço onde eu posso colocar minhas palavras , da forma que as sinto !
Não espero que gostem , apenas leiam ...
Sou eu na ponta dos dedos ...
Abraços