domingo, 11 de abril de 2010

Da verdade que não queremos ver...


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Tal qual inferno aceso

Fantasmas e demonios lhe assombram

Dilue o medo em hipocrisia

Busca alento em esperanças

Das vontades sublimes que esconde

Voláteis tentativas de voar em vão

Pés presos ao chão

Peso que excede a dor da alma

De tudo que perdera , lhe falta o espírito esvair

Mesmo assim insistente , não olha o monstro criado

Mas cegueira se fez presente , tornou-o belo

E lhe assassinou aos poucos

Mesmo assim crê levantar-se de sua sepultura

Viva carne de alma morta

E por toda sorte clama

Vê força onde inexiste paz

E ao olhar pra trás

Vê seus músculos e sua raiva , perderem-se sob sua renuncia

E mesmo que saiba de toda verdade

A ave tenta seu vôo , mas não muito longe cai

Pois sabe o peso que colocou nas asas

Porem tarde descobre

Que não é mais que sua própria dor ...

Fabricio Marchi

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