segunda-feira, 26 de abril de 2010

Prenuncio...


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Sou aço , sou morte
Lamina , punhal
Sou amor incondicional
Barco a esmo sem sorte

Não há abraço que me contenha
Nem vermelho sangue que não banhe
Minhas vestes de paixão em rodopio
Não há abraço que me contenha ou ganhe

Sou alegria de quem me beija
Corte profundo a quem golpe desfere em mim
Revido em fúria a massa de raios iluminados
E todo ódio , sou fim

Não me queiras pois não sou tua
Encarrego-me de levitar minha alma nua
Sou quente , áspera e inoportuna
Não me segure se a intenção não possua

Corro sobre o mar
Onde meus cabelos se embrenham nas ondas de destruição
Das nuvens negras tirei a cor de meus olhos
Da cor vermelha é meu coração !

Não tenho nada a não ser minha força
E sua força sobre mim é vã
Desfaço-me de teus nós em meu penar
Não canto por cantar
Tempestade , fogo solar
Sem tempo , sem hoje , nem amanhã
Seu impossível amor
Yansã!

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