terça-feira, 20 de abril de 2010

SEM HIPOCRISIA - o que se passa na mente de quem se diz do Bem ...(parte 2)


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Sou idealizador do meu destino
Indeciso destino
Não me denomino coragem
Não anseio combater
Pois do amor muito ainda me sobrou
E é dele que me envolvo a crer
Que o próprio destino nunca nos concede o bem
Nem qdo de joelhos fiques
A implorar felicidade

Esquecemo-nos e inventamos nossas desculpas
Farrapos e sobras da grandiosidade que imaginamos ser
E caímos prostrados como carne inútil
Onde nem a alma resiste ficar
Basta lembrarmos que se foi brilho
Agora ... resto
E inventam uma paz que não é a que queria
Pelo simples fato de que a lembrança lhe mata
Tal qual eterno punhal no coração

Então das visões fiz minha nova essência
Daquilo que ninguém soube como verdade
Olho inerte a passagem de tantas vidas
De suas batalhas pelo sorriso e alegria
Estão mortos ou agonizando sob meus olhos
E nada mais posso fazer
Tentam erguer sua espada
Mas mal podem sustentar seus braços
Então só me restou perguntar:

“Nessa paz guerreada
Ou nessa Guerra pela paz
De que lado estás”

E mesmo entre o falso sorriso
A falsa determinação
Da mentira ao que se propôs
Só ouvi silêncios

Mal sei eu que tb estou morto
Apenas em pé ainda consigo estar
Quem sabe desmanchar-me no esgoto e deixar-me ir
Como as almas mortas que vejo
Seja melhor solução
Entregar-me ao destino


Creio que não
Da dor pela dor , escolhi minha imagem no espelho
A do homem que morreu , mas não teme olhar-se
Pois para a alma não há esconderijo
Nem entre as mascaras que criamos
Se sorrio é pq sorriso existe
E não mentira consoladora !

E assim passam os soldados
Guerreiros das pernas tremulas de medo
E o rosto sem brilho
Sabem que não há medalhas
Nem condecorações
Apenas atalhos para a morte
Morte de quem morre vivo por matar
Morte digna de quem morre a lutar
E mesmo sob o sol
Encharcados de esperança
Marcham em um dia de verão
Esperam que um dia te verão ...

Fabricio Marchi

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