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É de minha tristeza que se levantam os demônios
E de meu silencio , ecoam vozes de dor a tanto reprimidas
Sorrio pois ainda me resta alguma graça
Mas amargo gosto desce na garganta antes que satisfação tenha ou faça
Não penses que me abstenho de toda visão
Mesmo que torpe e embaçada
Ainda consigo enxergar pela janela suja do medo
Onde ainda me encontro
Como pisar em cacos de vidros
Amparado pela anestesia
A angustia de esperar pela dor
Atormenta mais que a própria
Estou , em meu disfarce a acompanhar os passos
E de minha aparente ignorância , finjo vislumbrar o sol
Impercebível é compreender que para a luz não presto mínima atenção
Atento estou , em meu disfarce a acompanhar os passos ...
Não me engano , não ignoro e por conseqüência , não satisfaço-me
Há e sempre haverá a guerra em meu peito
Não penses que a bandeira branca que ergui , simboliza alguma paz
Levantei-a amarrada em minha lança
E ao menor descuido usarei do alvo pano
Como forca para os erros
Olho-vos nos olhos
Mas nunca vislumbrei sua cor
Enxergo tua alma
E mesmo que de melodia tosca quisesses uma sonata compor
Não tivesses nem inspiração e nem mesmo calma
Não apontes a adaga em meu coração
Sem ao menos encarar minha fronte
Enquanto caminhas encontrando falsas certezas
Prefiro atravessar a ponte ...
Fabricio Marchi
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
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Parabéns pelo seu blog Cris Campos
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