quinta-feira, 6 de maio de 2010
Alem da passagem da morte! Quando ainda existiam almas !
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Qdo a morte passar
Não a verás jamais então
Te escondi , acobertei , protegi
Peguei-te pela mão
Se ela te sorriu
A encobri com meu sorriso
Se ela te quis , foi infeliz
Fui mais preciso
Insistente , inconseqüente
Desafiei-a a morte
A própria morte não resiste a flor
A beleza do bem de quem quer bem
Sempre farei a morte passar
Com sua falta de fé , seu imediatismo , desespero ... dor
Se estás comigo a morte não vence
Pois a morte não vence ao amor
Vc não viu a sua face doentia
Apenas uma presença ruim
Empurrei , afastei , fiz o que eu queria
Quis que ela levasse a mim
A morte passou
A morte da alma
Não deixei que te abraçasse
Se me pertences , é minha
Longe de ti sim , não sozinha
Amenizei antes que acabasse
Penso estar machucado
Implacável morte que a tudo quer levar consigo
Salvo aqueles que resistem
Aqueles que insistem
Amam e protegem
Para esses nada está acabado
Qdo acordares , não terá sentido nada
Apenas acarinhada
E me verá ao teu lado
As feridas doem , desses golpes em que se é alvo
Passa a morte , passa a dor , abro-te meu sorriso
Estás a salvo ...
Qdo a morte passar
Não verás a ventania
Talvez nem verá que te consolo
Nem tampouco verás a tempestade
Apenas dormirá segura
Como sempre quis ... em meu colo ...
Fabricio Marchi
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