segunda-feira, 26 de abril de 2010
Prenuncio...
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Sou aço , sou morte
Lamina , punhal
Sou amor incondicional
Barco a esmo sem sorte
Não há abraço que me contenha
Nem vermelho sangue que não banhe
Minhas vestes de paixão em rodopio
Não há abraço que me contenha ou ganhe
Sou alegria de quem me beija
Corte profundo a quem golpe desfere em mim
Revido em fúria a massa de raios iluminados
E todo ódio , sou fim
Não me queiras pois não sou tua
Encarrego-me de levitar minha alma nua
Sou quente , áspera e inoportuna
Não me segure se a intenção não possua
Corro sobre o mar
Onde meus cabelos se embrenham nas ondas de destruição
Das nuvens negras tirei a cor de meus olhos
Da cor vermelha é meu coração !
Não tenho nada a não ser minha força
E sua força sobre mim é vã
Desfaço-me de teus nós em meu penar
Não canto por cantar
Tempestade , fogo solar
Sem tempo , sem hoje , nem amanhã
Seu impossível amor
Yansã!
Cronica sobre a solidão ...
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Somos todos solitarios
Entretanto arriscamos nos encontrar
Não em nós mesmos
Mas no espelho da retina de alguém
Construímos castelos resistentes a tudo
Menos para a ausência de nele residir só
E o mundo que nos cerca pede que encontremos alguém
Não sei se por imposição , costume , hormônios ou amor
Mas na maioria das vezes são encontros frustrados
Não duram mais que a segunda ou terceira reconciliação
Os corações quebrados em reconsideração
Recolados varias vezes , até que não haja mais a forma inicial
A verdade é que sempre estamos solitários
No vão das horas , falta um colo sem espinhos pra deitar
Alguém que vc tome cuidado
E que cuidado tome contigo
Não estou falando de ombro amigo
Desse vc pode trocar por algo valioso
Mas o calor do corpo nu sob o seu lhe dizendo que é seu ... é fato raro
Ora afastam-se , ora vc se afasta
E a solidão lhe pega a mão
Descontentes diante da monotonia de se doar em cobrança
Logo o amor que não se cobra
Lançam mão da companhia aconchegante
Mas bem é verdade que aconchego não é amor
Nem presença , nem palavras , nem gestos , nem gozo
Muito menos só alegria , afago
Ou mera companhia
A solidão acompanha os indecisos
Os que amam pela metade
Mas há amor pela metade??
Não deveríamos chamar de amizade?
Pq beijar uma boca em compaixão ?
Se amor é desejado com paixão ?
Delírio , derretimento
O olhar-se e ver sua alma no sorriso alheio
Não ter medo de sentir-se inserido em meio
A um coração que lhe chama em canção
Não poderia assim , existir solidão ...
Entre prosa e verso invento rimas
Afim de tentar explicar
Pq não conseguimos conexão
Entre as pessoas que se dizem amantes infinitas
Desculpem-me os que se declaram em palavras
Mas a solidão é amiga de palavras bonitas
Passeando...
Vejo as pessoas e seus olhares perdidos
Da vida perdida em busca de algo que as complete
Que de sentido aos seus passos
Status , reconhecimento , dinheiro
Carros , emprego , futuro
Duram tão pouco
E qdo vemos ... o futuro já foi
E basta olhar o anos estampados em seus rostos
E me pergunto em silencio
“Vc amou ?”
“Vc se deu a essa pessoa ?”
“Pq não deu certo?”
“Era real?”
E a seriedade com que passam ligeiros
Me faz ver suas casas
Seus cômodos , seus quartos , suas promessas de “amor eterno”
E dos raros casos de felicidade , restam tiros de festim
De relações com prazo de validade sempre no fim
Ou juras de amor meio ... “assim assim”
Aí vc apura tua visão
E sabe que há algo construído por trás das mãos dadas
Que na verdade adorariam estar livres , desatadas
Almas na eterna procura da alma
Descontentes mas ... conformadas com o que o mundo lhe deu
Então escondem-se em seus balcões
Seus escritórios
Seus hobbies
Seus estudos
É onde se encontram de verdade ... mas ... Onde está a pessoa que amam ??
Não existe
“É uma boa companhia”
“Um bom partido”
“Um bom ouvinte”
“Alguém que nunca diz não”
Amor ?? Juram que sim
Mas ao olhar melhor , são solidão !
Qdo é que vamos realmente amar ?
Será que encontraremos mesmo uma ALMA
Aquela que vc sente o coração faltar qdo ela lhe falta ?
Não falo de dependência pura e simples
Apesar que depois de alimentados de amor
É como droga que nunca recusamos
Nos tornamos dependentes desta
Pq somos solitários então ?
Andamos na multidão
E não há preenchimento ?
Hoje entendo os ébrios e seus vícios
Já não os julgo como fracos
Mas desistentes da busca
Remédios , terapias , teorias
A tristeza , a desilusão ... a depressão
São sintomas do mal que a humanidade fez a si mesma
A de não mostrar a alma clara
Prédios erguidos sobre conceitos tão frágeis
Que se desintegram num toque de carinho
Num sorriso gracioso
Num “Sou seu”
E voltam a sustentar o vazio
Qdo cheios desse amor estamos
O mal do homem é amar loucamente
Tendo limites , estando seguro , tendo troca
É um contra senso boboca
Loucura e limites
São antagônicos sentimentos
Sinal de que o medo é maior que a entrega
Então pega firme nas mãos do companheiro ou do que tem valor
E caminha em falso pela eternidade
Cabeça erguida em mentiras
Peito estufado de ar puxado em vão
Queria na verdade se tornar areia e se espalhar pelo chão
Chorar rios de magoas
Mas aceita a imposição
A de seguir pela metade , mas juntos
Na doce companhia da solidão ...
Fabricio Marchi
terça-feira, 20 de abril de 2010
A voz da alma
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É qdo o silencio se faz
E a solidão do quarto
A escuridão
Qdo vc escuta apenas teu coração
Senta ao lado da cama e olha o travesseiro
A imaginação voa querendo a presença
Daquele em que depositou tua paz
E ao olhar ao redor , entre uma lagrima e outra
E vê os fantasmas passearem , entrando e saindo
E a porta nunca abrirá , tendo do outro lado o amor que queria
É qdo a alma grita com toda força
E não há entorpecentes para aliviar,
E ninguém para lhe ouvir
Só vc se ouve
Ouve
Ouve
Metralhadas lembranças
Seqüências inteiras de dor , sem final
A garganta embarga e vc sente a dose descer pelas entranhas
Veneno mortal que seu próprio pulsar produz
Vira a cabeça e o vazio se faz presente
Olha outro lugar e lá ele está
O choro já não consola
Mesmo inerte , corre para algum lugar
As cortinas balançam
Os moveis mudos
Apenas a musica da sua paz é a que vc procura pela casa
Mas ela não toca
Vc não a deixou tocar
Não importa se dia ou noite
As horas arrastam-se
Carrascos minutos da culpa , do vazio ...
Busca pessoas
Busca distração
Busca ódio
Busca a si mesmo
E é desesperadora a tortura
Pois vc não está ali
Mistura-se todos os sentimentos
Foge o foco
Vc quer fugir de si mesmo
A alma está liquidificando pedras
E os pedaços explodem em seu peito
Perfurando , moendo , estrangulando
E o coração em sangue puro
Não dá sinais de parar
Acelera na ânsia imbecil de chegar
Mas não há mais onde ir ...
Então olhas o telefone ... não há mais coragem
Não há mais pq ligar
As vozes mudaram
E olha a vida ir totalmente contraria ao que acreditava
E nada mais pode fazer ... então vê alivio aceitando
É onde a alma novamente Grita , marcando em freqüências altas
Palavras certeiras
Que a covardia diluiu o que acreditava que vc fosse
É Sozinho que se ouve nossa verdadeira voz
Sem forçar
Sem mentiras , nem farsas
Não há como mentir
A não ser que foi tudo mentira
Mas se essa voz lhe chamou ...
É pq reside em ti as perguntas
E delas recorres a respostas irreais
Vc as responde ... mas sabe que não houve resposta
Pelo menos uma só , que lhe devolvesse a vida ou que lhe fizesse dormir ...
Fabricio Marchi
SEM HIPOCRISIA - o que se passa na mente de quem se diz do Bem ...(parte 2)
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Sou idealizador do meu destino
Indeciso destino
Não me denomino coragem
Não anseio combater
Pois do amor muito ainda me sobrou
E é dele que me envolvo a crer
Que o próprio destino nunca nos concede o bem
Nem qdo de joelhos fiques
A implorar felicidade
Esquecemo-nos e inventamos nossas desculpas
Farrapos e sobras da grandiosidade que imaginamos ser
E caímos prostrados como carne inútil
Onde nem a alma resiste ficar
Basta lembrarmos que se foi brilho
Agora ... resto
E inventam uma paz que não é a que queria
Pelo simples fato de que a lembrança lhe mata
Tal qual eterno punhal no coração
Então das visões fiz minha nova essência
Daquilo que ninguém soube como verdade
Olho inerte a passagem de tantas vidas
De suas batalhas pelo sorriso e alegria
Estão mortos ou agonizando sob meus olhos
E nada mais posso fazer
Tentam erguer sua espada
Mas mal podem sustentar seus braços
Então só me restou perguntar:
“Nessa paz guerreada
Ou nessa Guerra pela paz
De que lado estás”
E mesmo entre o falso sorriso
A falsa determinação
Da mentira ao que se propôs
Só ouvi silêncios
Mal sei eu que tb estou morto
Apenas em pé ainda consigo estar
Quem sabe desmanchar-me no esgoto e deixar-me ir
Como as almas mortas que vejo
Seja melhor solução
Entregar-me ao destino
Creio que não
Da dor pela dor , escolhi minha imagem no espelho
A do homem que morreu , mas não teme olhar-se
Pois para a alma não há esconderijo
Nem entre as mascaras que criamos
Se sorrio é pq sorriso existe
E não mentira consoladora !
E assim passam os soldados
Guerreiros das pernas tremulas de medo
E o rosto sem brilho
Sabem que não há medalhas
Nem condecorações
Apenas atalhos para a morte
Morte de quem morre vivo por matar
Morte digna de quem morre a lutar
E mesmo sob o sol
Encharcados de esperança
Marcham em um dia de verão
Esperam que um dia te verão ...
Fabricio Marchi
SEM HIPOCRISIA - o que se passa na mente de quem se diz do Bem ...(parte 1)
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Ignoro a intolerancia
Não tolero a ignorância
O medo , a subserviência
A silenciosa violência
Meu odio não me permite paz
E me torno tão ignorante a ponto de próprio não suportar-me
Miseráveis conceitos de certo e errado
Se esquecidos , reportam-me rapidamente como humilhado
Orgulho de quem se combate
E erra em combater quem erra
Sou um poço de erros que não tolera
E me enfurece a anarquia que cometem a si próprios
E me pego a pensar pq se tornam tão impróprios
Já que nas palavras são tão senhores de seus destinos
Caem prostrados diante dos desatinos
Buscam braços , sangue e força para subir
Agarrados no limo de suas temeridades
Perdem o equilibrio e caem novamente quando vêem a tempestade
Não tolero medo pequeno
Medo do sereno
O gostar ameno
Admiro a dor de querer
Ignoro quem se ajoelha pra morrer
Não me corre nas veias , sangue de compaixão
Salta-me aos olhos o morrer de paixão
Mostrar as garras a um sombrio futuro
Sangrar-se perante o obscuro
Sagrar-se luz perante o escuro
O homem não perde tudo na sua guerra
Mas quando nas batalhas dobra os joelhos
Pede clemência e ajuda
Fica com a voz muda
Como se a justiça fosse feita
Cortam-lhe as mãos
E diante do medo ... aceita
Um homem não tolera quando lhe ditam
Não emudece qdo lhe gritam
Não silencia diante do gigante
Faz pra si , seu próprio signo
Morre sem nenhum resquício de paz
Nenhum indicio incapaz
Mas morre digno !
Não tolero a indignidade
A pena pelo fraco
A liberdade apenas na fala
Amar aos poucos , em pequenos frascos
Odeio a aceitação da imperfeição moral
A mesquinhez de se olhar menor
Deixa-me indignado a frustração
Decepciona-me quem prefere arrastar-se pelo pior
Se assim pudesse pisar , pisaria
Esmagar , ver retorcer-se
A um pobre soldado amedrontado , não há gloria
E vence-lo , nem vejo honrosa vitória ...
Minha paz é minha alma em desespero
Meu sangue percorrendo o coração
Sou hipócrita em minhas palavras de consolo e amor
Não me sensibilizo com sua dor
E minto ao lhe dar perdão ...
Fabricio Marchi
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Da tempestade e da paz (parte 3)
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Despoja-te de toda amargura
Se teu caminho foi ornado com flores perfumadas
Caminhe entre elas se fostes capaz de retirar os espinhos
Não acumules pó , onde a ventania teima em deixar limpo
Dê ao vento o que ele pede
Abra os braços e as mãos e deixe voar
Não segure o sorriso verdadeiro
Nem o choro interminável
Faça rios
E deixe seus sonhos irem como barquinhos de papel
Coloque abaixo os muros que construiu como proteção
Pois o inimigo não veio
Só existiu em Você mesmo
E deles , faça um parque
E brinque nas pedras
Ou edifique uma torre
E olhe o pôr do sol lá de cima ...
Fabricio Marchi
Da tempestade e da paz (parte 2)
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A paz é onde meu coração descansa
E em seus braços encontrou abrigo
Onde meu sorriso pode enfim destoar
Das lagrimas da vida
E mesmo que sempre de partida
Soa a brisa calma em meus ouvidos
Soa precisa a alma em palavras de amor
Encontrei em algum lugar da existência
A calmaria do mar
Da sua imensidão
Em paz com a minha alma
E em paz sigo
Sabedor dos passos dados
E como todo humano tropeça no desequilíbrio
Posso erguer-me inteiro , ciente
Da doce estrada que piso
Alimento-me do açucar dos meus sonhos
E da realidade amarga , há quem também goste
Porem prefiro se assim
Morrer a mingua
Pois me alimento de toda beleza
De todas as plantações que fiz
Nem que de uma maçã apenas haja colheita
È dela que farei minha ceia
E do faminto que anseia
Minha vil alegria ...
Farei sempre um prato a mais
Para que possa saber
Que do pote amargo das angustias
Há quem ainda saboreie , o suave sabor da vida !
Fabricio Marchi
Da tempestade e da paz (parte 1)
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A paz quem agora guia-me
Deitei-me em seu ventre e a brisa das suas palavras
Amansaram a tempestade da alma
O amor sempre fez morada em meu peito
Só não o tinha por inteiro visto
As vezes no meio do caos sem maneiras e jeito
É que encontramos o que verdadeiramente nos tenha quisto
Aprendi que , muitas coisas não se consegue segurar demasiado tempo nas mãos
E por entre os dedos escorrem
Mas não por nada se transformam em canteiros
Onde novas flores irão brotar
Cabe a cada um de nós segurar o tempo possivel
Sem matar a semente
Pois só ela é testemunha que só o amor é dono das coisas mais simples
E sufocada se transforma em angustia
E dela não nascerá nada
A não ser a força do reflexo escuro e sombrio do que não se quis ser
Consigo sorrir em paz tudo aquilo que fiz
E consigo colher as rosas sem espinho
Mesmo não tido tudo que quis
Fiz dos desvios ... belo caminho ...
Olho a ventania que se foi
Minhas flores não foram com ela
Sopra uma paz interminável no jardim
E o perfume delas
Permanece em mim ...
Fabricio Marchi
domingo, 11 de abril de 2010
Da verdade que não queremos ver...
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Tal qual inferno aceso
Fantasmas e demonios lhe assombram
Dilue o medo em hipocrisia
Busca alento em esperanças
Das vontades sublimes que esconde
Voláteis tentativas de voar em vão
Pés presos ao chão
De tudo que perdera , lhe falta o espírito esvair
Mesmo assim insistente , não olha o monstro criado
Mas cegueira se fez presente , tornou-o belo
E lhe assassinou aos poucos
Mesmo assim crê levantar-se de sua sepultura
Viva carne de alma morta
E por toda sorte clama
Vê força onde inexiste paz
E ao olhar pra trás
Vê seus músculos e sua raiva , perderem-se sob sua renuncia
E mesmo que saiba de toda verdade
A ave tenta seu vôo , mas não muito longe cai
Pois sabe o peso que colocou nas asas
Porem tarde descobre
Fabricio Marchi
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Despercebido ...
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Quem dera não sentir amor por ti
Não achar o Maximo minha pulsação subir ao ver-te
Meus olhos perderem a noção do espaço
Fixarem desejo apenas em tua chegada
Talvez fosse melhor se não sentisse nada ao teu toque
Nem meu sorriso aparecer ao som da tua voz
Muito menos a pele arrepiar nas tuas mãos
Ainda não entendo essa magia que fez em mim
Que me deixa desinteressado em meu mundo
Flutuo na leveza do teu tom
Agraciou-me com o mal dos amantes
Sintomas freqüentes do vicio na tua existência
Causadores na tua falta , de solidão
A abstinência de não ter sua boca , tua saliva , teu sal
Do doce prazer que exala quando cola em mim teu ventre
Meu remédio , se é que há
O calor do teu corpo no meu
Se há cura , que seja a minha vida a tua
Em noites frias e pele nua
Só assim serei eterno
Como eterno soa teu nome
Misturado todas as vezes ao devaneio de dizer que AMO VC
Quem dera não sentir amor por ti
Morreria como doente terminal
Da dor de um indecifrável mal
Morto por nunca ter sentido amor
Vivido em vão
Sem nunca ter tido coração ...
Fabricio Marchi
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Quando todo final for o que restou de mim ...
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Sou o que sobrou do brilho intenso que teus olhos mostravam
E não me restou nada a não ser a escuridão dos sonhos
E nem dos anjos que imaginávamos voar
Sobraram as asas para agarrarmos
E como no primeiro poema
Em que olhei minhas mãos e as imaginei velhas e enrugadas
Do tempo perdido com um amor que não existia
Elas ainda envelhecem sem nenhuma outra a lhe apertar com carinho
E vendo os anos passando , e seus invernos sem fim
Por vezes creio que as verei gélidas
Balançando solitário na única cadeira de balanço da varanda
Vendo o pôr do sol e a noite chegar
E a morte que se anuncia como nó na garganta
Do mesmo tempo que achamos ser eterno
Não sai mais com um grito de amor
Então aconchego-me entre os trapos de tecido e os da alma
E balanço-me esperando a juventude de um coração que ainda bate
E tem apenas um ritmo quando das suas recordações me lembro
A morte talvez me encha de esperança
A morte física do desprender desse corpo que sofre
Pois vivo o balanço do meu corpo já morto pela falta da luz que vinha de seus olhos
E do sorriso que alegrava os dias
Um homem não é mais que seus sonhos
Um homem não é nada sem amor
Um amor sem sonhos é como homem sem alma
Sem sua alma não existo , não existe sonhos ... nem amor
As estrelas agora me fazem companhia
Neste lugar em que ter um corpo não importa
Então em sonho sobrevôo teu corpo e teu toque
E de desejo em desejo , descanso em teu ventre
A idade não me impede de sonhar , de ser feliz
Apenas o acordar é destruidor
Permita-me então dormir eternamente ... num sonho amante
De almas entrelaçadas
E corações vivos
Não me acorde mais ...
O que percebi nesses anos todos ?
O tempo sugou-nos ... e só restou a mim
Um velho corpo morto de uma alma que não viveu
A balançar-me entre cobertores , em nossa varanda ...
Fabricio Marchi
terça-feira, 6 de abril de 2010
Inicio
Mas de uma forma diferente da que conhecem nas comunidades do Orkut...
Não a do Darth escrachado e ironico e sim a alma que dá a vida ao personagem!
A do Fabricio que escreve poemas , sofre , chora , ri e é um ser humano como vc ...
Não peço comentários sobre os textos , fica ao criterio de quem os lê .
É apenas um espaço onde eu posso colocar minhas palavras , da forma que as sinto !
Não espero que gostem , apenas leiam ...
Sou eu na ponta dos dedos ...
Abraços