sexta-feira, 17 de junho de 2011
Fim e fim de tarde
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E hoje escutei teu chamado
Triste , depressivo , doente
Longe da centelha brilhante de outros tempos
Um pedido que nem sequer se sente
Envolta em névoa pairavam tuas palavras
Indecifráveis fins de frases
Uma fala monótona e ébria
Que nem de longe lembra o desejo
E os desejáveis fins de tarde
Bastou uma só pronuncia para ver tua alma
Sendo eu que mais lhe conheço
Até mais que julgas você mesma conhecer
Estava sem fim e sem começo
Sem fim de tarde ou amanhecer
Entre o fugaz e sem preço
Entre o “lhe esqueço”
Para tentar me esquecer
A carne continua a mesma
Estamos ali ... você e eu
Depois de tanto tempo sozinhos
Enfim dividimos o mesmo ar
Apesar de termos seguido o mesmo caminho
Tua voz já não sai
Recosta teu rosto em mim
A carne continua a mesma
Estamos ali ... você e eu
Sendo eu que mais lhe conheço
Apaga-se a chama que não mais arde
Uns o chamariam de fim
Ou mais um fim de tarde...
FABRICIO MARCHI
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