segunda-feira, 27 de junho de 2011

Pra que acertar ?


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Procurei , entre meus maiores erros
E só encontrei teu nome
Amor ... que caminhos percorremos?

E pisquei meus olhos
E só vi teu sorriso
Devo me render ?

Porque não respiramos o mesmo ar ?
Porque não te vejo ao acordar ?
E ainda estico os braços pra te buscar ...

Que a pele arrepia ao teu falar já não é segredo
Que meu temor é o medo de ter medo
Porque não chegamos mais cedo?

Ouve minha voz ?
Sim ... sussurrada ...
O que ela diz?
Das loucuras ditas , qual palavra lhe soa mais exata
Falar ininterruptamente de amor ao seu ouvido
Ou a vontade dessa entrega absoluta
Dessa saudade que mata
Que palavra te diz respeito?
Renasce , redime , retorno , reata

Ilude-te em tua ilusão pontual
Não vê que não faço questão de tantos acertos
Nem tão pouco pontaria
Nem sempre os astros se alinham
Importa-me tua beleza , tua estrela como guia

É invalido pensar nos “poréns”
Ou no tempo que se perdeu
Vasculhei então , entre meus poucos acertos
E só encontrei como alegria , meu nome ao teu ...

FABRICIO MARCHI

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Fim e fim de tarde


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E hoje escutei teu chamado
Triste , depressivo , doente
Longe da centelha brilhante de outros tempos
Um pedido que nem sequer se sente

Envolta em névoa pairavam tuas palavras
Indecifráveis fins de frases
Uma fala monótona e ébria
Que nem de longe lembra o desejo
E os desejáveis fins de tarde

Bastou uma só pronuncia para ver tua alma
Sendo eu que mais lhe conheço
Até mais que julgas você mesma conhecer
Estava sem fim e sem começo
Sem fim de tarde ou amanhecer
Entre o fugaz e sem preço
Entre o “lhe esqueço”
Para tentar me esquecer

A carne continua a mesma
Estamos ali ... você e eu
Depois de tanto tempo sozinhos
Enfim dividimos o mesmo ar
Apesar de termos seguido o mesmo caminho

Tua voz já não sai
Recosta teu rosto em mim
A carne continua a mesma
Estamos ali ... você e eu
Sendo eu que mais lhe conheço
Apaga-se a chama que não mais arde
Uns o chamariam de fim
Ou mais um fim de tarde...

FABRICIO MARCHI

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Será?


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O desespero do homem e suas mascaras
Moldadas , rotas ... disformes
Na inquietude da alma trêmula
Acorda feroz enquanto dormes

És nada alem de conceitos
Colados conforme seu estado de espírito
Fadados a cair ao chão a primeira ventania de verdades
E não há necessidade de palavras ou gestos
O monstro que grita a sua ignorância , não precisa de voz
Alimenta-se do teu próprio silencio quando estás só

Quando lutas , não sabes bem ao certo porque
Congratula-se pelas feridas que não o mataram
Enquanto a alma agoniza , fria , sob o vento gelado
Agradaria um carinho
Mas recusa-se a aceitar e permaneces parado

O homem busca a paz
Nem que a guerra proclame
Não importa quantos morram por sua causa
E impede que alguém lhe reclame

Acorde homem!
Não passas de um punhado de mentiras
Pragueja , enraivece e mostra ira
“Não amo , não sofro , não consolo”
Mas não é mais que uma criança
Buscando lembrança
A procura de colo ...

FABRICIO MARCHI